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Câncer de Pele e Vitamina D: cuidados na exposição ao sol

A vitamina D é responsável pela manutenção dos ossos, absorção de cálcio e funcionamento de inúmeras outras funções do nosso organismo. Nos últimos anos, surgiram estudos sobre a deficiência desta vitamina, fato que levou a desencadear um aumento significativo do seu consumo e da exposição solar com o intuito de produzi-la.

Atualmente, alguns benefícios da vitamina D estão sendo estudados, como combate ao câncer, demência, esclerose múltipla e diabetes. Contudo, isso não significa que será confirmado uma relação entre essas doenças com a carência desse nutriente. 

Fontes de Vitamina D

A vitamina D existe em alguns alimentos, como bife de fígado, gema de ovo, peixes, laticínios e cogumelos, mas a luz solar é uma das suas maiores fontes. De forma contrária às outras, a vitamina D pode ser sintetizada no nosso corpo a partir de moléculas de colesterol quando a pele fica exposta sol. 

Infelizmente, a radiação ultravioleta que sintetiza a vitamina D é justamente a UVB, a qual é responsável pela maioria dos cânceres de pele. A UVB está mais concentrada entre às 10h e 16h e nos dias de maior índice de radiação ultravioleta. 

Além do câncer, é importante informar que o sol leva à catarata, à perda da estrutura da pele e ao envelhecimento precoce. Por outro lado, atividades ao ar livre levam à índices menores de doença psiquiátrica e cardiovasculares. Logo, como diz o ditado popular, nem 8 nem 80. 

Deficiência de Vitamina D

O primeiro ponto para determinar se você tem ou não deficiência de Vitamina D, é realizar um exame laboratorial para sua medição. Pessoas com mais de 65 anos e moradores urbanos possuem uma tendência maior a terem insuficiência desse nutriente. 

Após realizar o exame, os pacientes que forem diagnosticados com valores menores que 30mg/ml devem procurar medidas para elevar seus índices. 

Recomendações para grupos de alto risco para desenvolver câncer de pele

Pessoas de pele branca, com histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, com muitos nevos (sinais) ou que já se expuseram demasiadamente ao sol durante a vida devem priorizar outras fontes de vitamina D ao sol. 

Como a alimentação muitas vezes não é suficiente, pode ser necessário a reposição com suplementos de vitamina D. É importante ressaltar que o excesso dessa vitamina pode fazer mal, principalmente aos rins. Por isso, converse com seu médico para determinar a dosagem ideal. 

Recomendações para grupos de baixo risco para desenvolver câncer de pele

Já para as pessoas com baixo risco de câncer de pele, caso a mudança alimentar e a suplementação de vitamina D não forem o suficiente para correção da deficiência, parece racional usar o sol como fonte de vitamina D para restabelecer os níveis normais. 

Uma exposição por 5 a 10 minutos, entre 10h e 16h, 3 vezes na semana é o suficiente para a maioria das pessoas. Caso os horários de exposição sejam antes das 10h e depois das 16h, o tempo deve ser dobrado (horário com menor radiação UVB), assim como durante o inverno no sul do país. Para pessoas com a pele mais morena, o tempo de exposição também deverá ser maior. 

Recomendações gerais de exposição ao sol para produção de vitamina D

As melhores áreas para se expor ao sol seriam as coxas e barriga, pois acumularam menos dano solar durante a vida. Por serem áreas de maior exposição, é  indicado proteger com filtro solar (no mínimo FPS30) a face, colo e dorso dos braços e das mãos. O filtro solar em creme e os vidros do carro e das janelas não permitem a produção de vitamina D por bloquearem a radiação UVB.

Finalmente, a Sociedade Brasileira de Dermatologia esclarece que a radiação solar é essencial à vida no planeta e que seres humanos privados do sol desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas. 

Entretanto, é possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras, câncer da pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se beneficiar do bem-estar que ele nos proporciona.

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