Câncer de Pele

O que é?

O câncer de pele ocorre devido ao crescimento anormal das células que compõe a pele. Essa multiplicação desenfreada faz com que esse bloco de células destrua a pele normal ao seu redor.
Além do crescimento local, as células podem se espalhar para outros locais do corpo, causando novos tumores, mais frequentemente nos pulmões, cérebro, fígado e ossos.

Veja se você faz parte do grupo de risco:

Diagnóstico

Durante a consulta, seu dermatologista irá examinar toda sua pele. Caso haja alguma lesão suspeita, ela será analisada através de lupas ou um dermatoscópio. Se a lesão tiver características de câncer, será feita uma biopsia. A grande maioria das biópsias são procedimentos simples com anestesia local, no qual é removido um pequeno fragmento da lesão. Geralmente, o paciente volta ao trabalho no dia seguinte. Em alguns dias, você receberá o resultado do exame. 

Tipos de câncer de pele

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Lesão que pode evoluir para câncer com o tempo (lesão pré-maligna). São escamas ásperas sobre a pele nos locais de maior exposição solar. Sempre que estas escamas são removidas elas voltam a ser formada exatamente no mesmo local.

Este é o câncer de pele mais comum e, felizmente, o menos agressivo. Por ter um crescimento bem lento e localizado, raramente se espalha para dentro do corpo. Porém, como acomete frequentemente a face, se negligenciado por muito tempo, pode levar a desfigurações. Ele se torna mais perigoso quando cresce perto de artérias e veias importantes, como no pescoço, pois pode rompê-las levando a sangramentos difíceis de controlar. Também é importante ter atenção na região dos olhos, nariz e ouvidos, pois ele pode crescer e invadir estes locais, chegando em estruturas mais nobres, como o cérebro. costumam ser lesões da cor da pele com pequenas veias visíveis dentro dele. Câncer de pele geralmente não apresenta dor ou outros sintomas. Por vezes se apresenta com aspecto de uma cicatriz ou mancha rosa de crescimento bem lento.

Câncer de agressividade intermediária, costuma fazer metástases (espalhar) apenas quando já tem um certo tamanho. Apesar de ser comum na face, também é frequente em outros locais do corpo, inclusive na genitália e boca. Geralmente são lesões vermelhas com escamas aderidas ou feridas que não cicatrizam. Pode surgir a partir de uma Ceratose Solar (lesão pré-maligna), que são escamas ásperas com uma base levemente vermelha que aparecem geralmente na face, braços, dorso das mãos e colo.

Este é o câncer de pele mais agressivo. Ele costuma fazer metástases (espalhar) quando ainda é uma lesão relativamente pequena. Também atinge pessoas jovens, diferentemente da maioria dos outros cânceres. De todos os casos, 45% ocorre a partir  de um nevo melanocítico (sinal, pinta) prévio. Sinais de nascença não costumam virar câncer, mas eventualmente podem se transformar em um melanoma. Costuma ser uma lesão com várias cores, porém, a cor preta é a característica mais marcante. Ao lado, podemos ver um quadro comparativo entre sinais ou pintas normais e lesões preocupantes “A regra do ABCDE”.

Raramente faz metástases, porém costuma ser muito maior do que se vê na superfície da pele, motivo pelo qual costuma recidivar frequentemente com a cirurgia convencional. A forma mais eficaz de tratamento para este tumor é a Cirurgia Micrográfica de Mohs.

Além dos cânceres mencionados anteriormente, exitem inúmeros outros tipos de câncer de pele. A Cirurgia Micrográfica de Mohs é a melhor opção de tratamento dos seguintes tipos: Leiomiossarcoma, Adenocarcinoma Microcístico, Fibroxantoma Atípico, entre outros.

Tratamentos

Existem várias modalidades de tratamento de câncer de pele. A escolha do tipo de tratamento é baseada no tipo de câncer, o estágio que este se encontra, a localização na pele, o estado de saúde e as preferências do paciente.

Tratamentos superficiais

Estes tratamentos são reservados para os cânceres mais simples e em fase muito inicial. Também são usados para tratar lesões que no futuro podem virar câncer (Ceratose Solares).

Tratamentos tópicos (cremes)

São cremes que serem aplicados na pele destroem as células malignas. Costumam levar a vermelhidão na aplicação, porém não deixam cicatrizes.

Terapia Fotodinâmica

Consiste na aplicação de um creme e depois na ativação do mesmo por luz. Tem a vantagem de possuir um resultado estético muito bom.

Crioterapia, eletrocoagulação e curetagem

São métodos que visam a destruição das células malignas por dano térmico ou mecânico. São procedimentos simples, de rápida recuperação. Por atingirem uma profundidade maior na pele, costumam ser mais eficazes que os cremes em lesões pontuais, porém podem levar a discretas cicatrizes.

Radioterapia

Destinada a casos em que não se pode fazer cirurgia, margens cirúrgicas comprometidas na primeira cirurgia, sem possibilidade de reoperar, ou casos mais graves em que recidiva é muito provável. 

Cirurgias

Cirurgia Convencional

A maioria dos cânceres de pele pode ser tratado com uma cirurgia com anestesia local, o que permite ao paciente voltar para casa no mesmo dia. O câncer é removido com uma margem de segurança (faixa de pele normal além das bordas visíveis do câncer) determinada conforme o tamanho e o tipo da lesão. Esta margem de segurança é importante para diminuir a chance de permanecer um foco de câncer no paciente.

Cirurgia Micrográfica de Mohs

A cirurgia micrográfica de Mohs é o tratamento com a maior taxa de cura para determinados cânceres de pele. A técnica de Mohs remove progressivamente o tecido canceroso, preservando ao máximo possível o tecido saudável. Ao retirar uma parte do tumor, é feita uma avaliação microscópica da lesão. Dessa forma, o Cirurgião e Mohs avalia todo o tecido ao redor e abaixo do tumor, o que aumenta muito a chance de remover todas células cancerosas, levando à menores índices de recidiva e melhores resultados estéticos.

Linfonodo Sentinela

Muito utilizado para Melanomas. Consiste na injeção de um líquido marcador no local do câncer para identificar o primeiro linfonodo que recebe a drenagem linfática da região. A forma de tratar o paciente muda conforme a positividade ou não deste linfonodo para células malignas.

Cirurgia de Metástases

Quando será removido focos do câncer que tenham espalhado para outros órgãos como pulmão, fígado e o cérebro. Felizmente a grande maioria dos pacientes identificados no início, não terá metástases.

Terapias Sistêmicas

Quimioprevenção

São medicamentos que servem para diminuir o surgimento de novos cânceres. Geralmente são utilizados em pacientes que fazem câncer de repetição. Entre estes pacientes esta os transplantados que utilizam imunossupressores, alterações genéticas que levem a câncer de repetição e pacientes com história pessoal de inúmeros cânceres de pele.

Quimioterapia

São medicações que tem o objetivo de tratar as metástases (pequenos focos de câncer que espalharam para dentro do corpo). Nos últimos anos tivemos um avanço importante para o tratamento do melanoma com o surgimento da Terapia Alvo e da Imunoterapia.

Prevenção

Existem muitas formas de se prevenir contra o câncer de pele. A primeira é se consultar com um dermatologista. Outras dicas são aplicar protetor solar diariamente, evitar a exposição aos raios UV, principalmente entre 10h e 16h, usar óculos de sol, camiseta e chapéu. 

É importante ressaltar que o sol que tomamos na infância e juventude tem um efeito acumulativo, estimulando o surgimento de dois dos cânceres de pele mais comum mais tarde na vida adulta.

Apesar do sol ser o principal fator desencadeante de câncer de pele, cicatrizes de queimaduras antigas, locais de radioterapia prévia também merecem atenção.

Pacientes com uso de imunossupressores, principalmente os transplantados, devem fazer revisões periódicas. Estes são muito propensos a ter carcinomas espinocelulares.

Pacientes de pele clara, olhos e cabelos claros ou que tenha familiares com câncer de pele, também devem ter um cuidado maior com o sol.